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Quem é Tyler Robinson, jovem que teria confessado ser o assassino de Charlie Kirk
O suspeito foi identificado como Tyler Robinson, um estudante de elétrica de 22 anos.
Publicado em 14/09/2025 08:36
NOTICIAS INTERNACIONAIS

 

Autoridades dos Estados Unidos prenderam nesta sexta-feira (12/09) o suspeito de ter assassinado o ativista conservador e aliado do presidente americano Donald Trump Charlie Kirk.

O suspeito foi identificado como Tyler Robinson, um estudante de elétrica de 22 anos.

Kirk morreu em um atentado com arma de fogo na quarta-feira (10/9), durante evento em uma universidade em Utah, nos Estados Unidos.

O suspeito não era estudante da universidade.

O governador de Utah, Spencer Cox, disse em uma coletiva do FBI (a polícia federal americana) que o pai de Robinson procurou um amigo pastor, que então contatou um xerife avisando que o suspeito havia confessado o que aconteceu.

Segundo a a CBS News (parceira da BBC nos EUA), duas fontes contaram que o pai de Robinson percebeu que o suspeito era seu filho pelas imagens divulgadas pelo FBI após o crime.

Ao ser questionado pelo pai, o jovem teria admitido que cometeu o crime.

As fontes acrescentaram que o pai incentivou o jovem a se entregar, mas Robinson falou que preferiria a morte.

Foi quando a família buscou ajuda de um pastor próximo, que acabou entrado em contato com as autoridades.

Antes, um colega de quarto de Robinson mostrou à polícia mensagens trocadas no Discord, popular plataforma de jogos e de conversas em grupos de difícil rastreamento.

As mensagens atribuídas a um "Tyler" mencionavam a necessidade de buscar um rifle em um ponto de entrega e deixar a arma em um arbusto.

As mensagens também indicavam que ele estava vigiando a área onde o rifle foi deixado e que a arma estava enrolada em uma toalha.

Um rifle foi apreendido pela polícia numa área de mata.

O governador Cox afirmou que os investigadores analisaram imagens da Universidade Utah Valley (UVU), onde ocorreu o crime, e identificaram Robinson em um veículo Dodge Challenger em 10 de setembro, data do assassinato.

Nesta sexta-feira (noite de quinta em Utah), quando foi abordado pessoalmente pelos investigadores no condado de Washington, Robinson usava roupas compatíveis com as das imagens — incluindo "uma camiseta lisa cor vinho, shorts claros, um boné preto com um logotipo branco e tênis claros".

O presidente Donald Trump disse ao canal Fox News mais cedo esperar que o assassino de Kirk receba a pena de morte.

"Kirk era uma pessoa excelente e não merecia isso", afirmou o republicano.

As acusações formais contra Robinson serão apresentadas na terça-feira (16/09), segundo um comunicado do Escritório do Procurador do Condado de Utah.

O suspeito deve ser acusado pelos crimes de homicídio qualificado, obstrução de Justiça e disparo de arma de fogo — causando lesão corporal grave

O suspeito estava no terceiro ano de um curso técnico de elétrica no Dixie Technical College, no sudoeste de Utah, onde morava, informou um porta-voz da UVU à BBC.

Imagem divulgada pela polícia logo após o crime

Balas com inscrição 'antifascista'

Ainda nesta sexta, autoridades dos EUA revelaram que as balas encontradas com o rifle tinham referências ao movimento Antifa — ou antifascista.

Com um forte discurso anticapitalista, o movimento antifascista forma uma rede difusa de ativistas de esquerda radical, mas não é uma organização propriamente dita.

As autoridades afirmam que um cartucho trazia a inscrição Hey fascist, catch! ("Ei, fascista, pega!").

Junto, havia uma seta para cima, uma para a direita e três para baixo — as três setas para baixo, sozinhas, são um símbolo comum do movimento antifascista.

Mas a sequência de setas como um todo pode representar um comando necessário para usar uma estratégia especial no jogo de videogame Helldivers 2, em que jogadores podem se unir a amigos ou desconhecidos para matar insetos gigantes e robôs.

O tema do jogo inclui algumas referências políticas, como "Liberdade. Paz. Democracia".

Um parente de Robinson disse aos investigadores que o suspeito se tornou "mais político" nos últimos anos e disse que ele "não gostava" de Kirk nem de suas opiniões.

Para Robinson, Kirk "era cheio de ódio e espalhava ódio"

O suspeito se registrou para votar em 2021 como "não filiado" a nenhum partido político nos EUA, segundo registros vistos pela BBC.

Imagem de Charlie Kirk em trajes sociais, em um evento

Charlie Kirk foi morto enquanto falava para uma plateia de centenas de pessoas

Onda de violência política nos EUA

Charlie Kirk, de 31 anos, participava de um debate sob uma tenda, respondendo a opositores políticos que se revezavam no microfone na Universidade Utah Valley (UVU).

Parte da plateia aplaudia nos gramados; outra parte protestava. Segundos depois, todos corriam em pânico.

Kirk morreu ao ser atingido no pescoço por uma bala durante o evento. O episódio foi registrado por câmeras, algumas exibindo a cena em detalhes sangrentos.

No passado, Kirk já havia alertado sobre o que considerava um risco de violência por parte de seus críticos — os quais ele tinha muitos, em razão de seu estilo provocador de conservadorismo.

Ainda assim, estava disposto a viajar para campi universitários, onde a política frequentemente pende para a esquerda, a fim de debater com quem estivesse interessado.

Ele defendia o direito às armas e valores conservadores, criticava os direitos de pessoas transgênero e apoiava incondicionalmente o presidente americano, Donald Trump.

A organização de Kirk, Turning Point US, teve um papel central na campanha de mobilização eleitoral que levou o presidente a retornar à Casa Branca em 2025.

A tenda onde Kirk foi baleado tinha a inscrição "prove que estou errado". Ele era considerado um herói, especialmente por jovens conservadores, ao se aproximar deles em qualquer lugar e oferecer um movimento para chamar de seu.

O assassinato de Kirk é mais um episódio de violência armada que chocou os Estados Unidos — e o mais recente em uma série crescente de episódios de violência política.

Charlie Kirk em palanque de Donald Trump

Trump chamou o assassinato de Kirk um momento sombrio para os Estados Unidos

 

No início deste ano, a então presidente da Câmara de Representantes de Minnesota e democrata Melissa Hortman, 55, foi assassinada a tiros junto a seu marido.

 

John Hoffman, senador estadual em Minnesota e democrata, ficou ferido em um ataque a tiros semelhante dentro da casa dele.

No ano passado, Donald Trump, quando era candidato, foi alvo de duas tentativas de assassinato.

O episódio em que foi atingido de raspão por uma bala durante um comício ao ar livre em Butler, Pensilvânia, apresenta semelhanças marcantes com o tiroteio de quarta-feira em Utah — ambos ocorreram diante de multidões em locais abertos.

Dois anos antes, um agressor armado com um martelo invadiu a casa da então presidente da Câmara, Nancy Pelosi, membro influente do Partido Democrata.

Em 2017, um homem abriu fogo contra congressistas republicanos durante um treino em um campo de beisebol no norte da Virgínia.

É difícil prever para onde a política americana irá a partir de agora, mas a trajetória até aqui é sombria.

Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/articles/cy9nd0w2d13o

 

 

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